terça-feira, 3 de maio de 2011

Quinto ataque a ônibus em Minas faz polícia recomeçar investigação

Uma semana após os primeiros ataques a ônibus na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), a Polícia Civil ainda não sabe quem articula as ações e as investigações voltam à estaca zero, com o repasse dos inquéritos, que estavam nas delegacias regionais, para o Deoesp (Departamento Estadual de Operações Especiais). Na madrugada de segunda-feira (2), o quinto ônibus foi incendiado.

Os crimes seriam uma retaliação pela Operação Pente-Fino na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Mas a Seds (Secretaria Estadual de Defesa Social) nega ligação entre os casos.

No ataque de segunda-feira, uma câmera instalada dentro do veículo flagrou a ação, no bairro Olaria, região do Barreiro. O delegado Islande Batista afirma que terá que refazer depoimentos já colhidos.

- Algumas pessoas devem ser ouvidas mais uma vez, já que temos outras perguntas para fazer.

Ainda de acordo com ele, a decisão de transferir todo o trabalho para o Deoesp é por causa do efetivo.

- Temos uma equipe bem preparada e com mais pessoas. Assim, as delegacias regionais não precisam se sobrecarregar.

De acordo com Batista, ainda não há suspeitos e nem indícios de que os incêndio estejam relacionados com a operação feita na Penitenciária Nelson Hungria. Agentes e detentos, no entanto, devem prestar depoimentos para saber se as ordens saíram de dentro do presídio.

- Não vamos descartar nenhuma possibilidade. Para isso, vamos ouvir todos. Se os mandantes estão presos, vamos procurar os porta-vozes.

Ainda segundo o delegado, algumas pessoas podem ter se aproveitado dos crimes da semana passada para protestar contra as empresas. Ele afirma que já recebeu um comunicado da PM dizendo que ações preventivas serão feitas e que as áreas de risco de novos ataques estão sendo mapeadas.

O ataque

Na madrugada de segunda, o motorista fazia uma manutenção de rotina na traseira do micro-ônibus da linha 1950 (bairro Glória/Olaria), por volta das 5h30. O veículo estava parado no ponto final. Dois homens se aproximaram a pé, roubaram a bolsa do motorista, com todos os documentos, e usaram um galão de combustível para incendiar a parte dianteira do veículo. O delegado diz que a ção foi diferente.

Neste crime, temos algumas características diferentes dos demais. Hoje (segunda-feira), os vândalos entraram no veículo desarmados e mostrando os rosto, além de levarem pertences do motorista. Nas outras vezes, estavam armados e encapuzados.

De acordo com o motorista, os bandidos não falaram nada. Ele contou que quando viu as chamas, pegou um extintor e apagou o incêndio.

Na última quarta-feira, dois veículos foram queimados em Belo Horizonte e em Vespasiano. Em um deles, na Pampulha, foi deixada uma carta com ameaças. No dia anterior, os ataques foram em Contagem e no bairro Coqueiros, região noroeste de Belo Horizonte.

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Reportagem R7

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