O equipamento, obrigatório desde 1986, tem o objetivo de evitar o lançamento de fumaça diretamente sobre os pedestres e demais veículos.
A Lei Municipal nº 4.495 determina que todo veículo de transporte coletivo urbano em atividade na cidade tenha o sistema instalado.
O equipamento pode vir de fábrica, conforme a demanda de cada cidade. Segundo a Busscar, uma das fabricantes que comercializam veículos aos consórcios gerenciadores pela BHTrans, o acessório sai por R$ 800.
Todos os ônibus gerenciados pela BHTrans têm o cano de escape elevado, caso contrário, não passam nas vistorias periódicas. As irregularidades foram constatadas em levantamento realizado pela reportagem na Avenida Alfredo Balena, na Região Hospitalar, entre as 13 e as 14 horas da última quarta-feira.
Todos os ônibus gerenciados pela BHTrans têm o cano de escape elevado, caso contrário, não passam nas vistorias periódicas. As irregularidades foram constatadas em levantamento realizado pela reportagem na Avenida Alfredo Balena, na Região Hospitalar, entre as 13 e as 14 horas da última quarta-feira.
Todos os 191 veículos da BHTrans contabilizados traziam a descarga do tipo chaminé. Porém, dos 52 ônibus vermelhões "aferidos", 14 (27%) tinham o bocal do cano de descarga instalado sob a carroceria, na parte traseira.
A Setop (Secretaria de Transportes e Obras Públicas), responsável pela fiscalização dos sete consórcios do sistema de ônibus urbanos na Região Metropolitana, informou que os veículos estão regulares. De acordo com o órgão, um ato complementar publicado em janeiro de 2008 autorizou que os veículos dotados de motores eletrônicos pudessem ter o cano de descarga no nível do chassi.
O sistema substitui a bomba injetora e permite a queima do diesel com menor emissão de poluentes e gases nocivos à saúde. A Setop não informou como se dá o processo de vistoria periódica dos vermelhões nem como é feita a aferição dos equipamentos.
Polêmica
A gerente de fiscalização e controle da poluição veicular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Bernadete Gomes alerta para a necessidade de se abrir uma discussão sobre o uso do cano de descarga elevado.
- A lei foi criada em uma época em que os ônibus eram bem mais poluentes. Não temos um estudo científico que certifique que esse equipamento melhore a qualidade do ar para pedestres e demais motoristas.
A auxiliar de enfermagem Sarah de Souza Lessa, 25 anos, concorda que, aparentemente, os ônibus poluem menos, mas faz ressalvas.
- A fumaça não é preta como antigamente, mas incomoda quem espera dez, 15 minutos no ponto de ônibus.
A BHTrans informou não ter autonomia para cobrar o uso da descarga do tipo chaminé nos ônibus metropolitanos que circulam pela capital. O mesmo alegou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A frota dos vermelhões é composta por cerca de 2.400 veículos.
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