
Por aqui, no entanto, o cenário a curto e médio prazos não indica nenhum avanço. O prazo para concessão do serviço público, renovável a cada 10 anos, termina em 2018, e não há nenhuma exigência no contrato para a mudança de tecnologia. De acordo com a BHTrans, a mudança prevista até o término da concessão é a inclusão de veículos de maior capacidade para operar o novo sistema de transporte, o Bus Rapid Transit (BRT).
O modelo será implantado até 2014 nos principais corredores da cidade. "Todos nós temos interesse em avançar nesse tipo de tecnologia (uso do etanol), sobretudo no transporte público. Mas, até o momento, não temos nenhuma ação nesse sentido", reconheceu a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A prefeitura atua somente no monitoramento da emissão de gás carbônico (CO2) que sai nos canos de descarga dos veículos.
"Estamos muito atrasados nessa discussão. Está na hora de o poder público começar a discutir isso de maneira mais efetiva", disse o presidente do Sindicato da Indústria do Álcool em Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins. Em julho do ano passado, a entidade encaminhou carta ao órgão responsável pelo meio ambiente de Belo Horizonte, mas afirma que até hoje não obteve retorno. Martins promete abordar o tema durante debate a ser realizado pelo sindicato com os candidatos ao governo de Minas Gerais.
No campo nacional, Marina Silva foi a única presidenciável a defender o uso do etanol no transporte público como forma de reduzir a poluição. São Paulo saiu na frente: um decreto municipal prevê que até 2018 a frota da cidade seja movida a combustível renovável. A prefeitura estuda adquirir 200 ônibus movidos a álcool até 2011.
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