Santa Teresa pode ter ônibus circulando à noite em até duas semanas. É o que garante o subprefeito do Centro, Thiago Barcellos, que na próxima quinta-feira se reúne com o subsecretário de Transportes do município, Rômulo Dante Orrico Filho, para acertar os detalhes sobre as mudanças no trânsito do bairro.
Durante a reunião, eles devem definir ainda em 30 quilômetros por hora o limite de velocidade nas ruas de Santa Teresa, o que passará a ser fiscalizado com um radar móvel. Placas indicando o limite também devem ser colocadas nas ladeiras do bairro. Além disso, a subprefeitura pretende propor às empresas que operam em Santa Teresa a diminuição dos intervalos em que os ônibus passam pelos pontos que, segundo moradores, chega muitas vezes a 30 minutos.
Moradores pleitearam mudanças há um mês
As medidas são uma resposta aos pedidos feitos pela Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast). Após uma reunião realizada em maio com a subprefeitura e o subsecretário de Transportes, a Amast enviou, no dia 11 de junho, uma carta ao subprefeito com uma lista dos maiores problemas no trânsito enfrentados por moradores e turistas, além de sugestões de rotas alternativas para os ônibus que circulam no bairro, o que melhoraria o sistema de transportes no local.
- A maior reclamação dos moradores foi a velocidade. Os ônibus passam voando pelas ladeiras de Santa Teresa, que têm muitos pedestres passando - reclama Elzbieta Mitkiewicz, que é membro da Amast.
Segundo ela, a situação dos transportes no bairro é crítica já que os ônibus param de circular às 22h e os bondes, às 20h:
- Quem trabalha ou estuda até mais tarde fica sem opção de transporte público e acaba tendo que recorrer às Kombis, que não são legalizadas e não aceitam o cartão Riocard. Mesmo quem pode pagar por táxi tem dificuldades, já que muitos motoristas se recusam a subir com medo da violência.
Outros problemas citados por moradores que serão discutidos na reunião entre o subprefeito e subsecretário de Transportes são a falta de treinamento de motoristas de ônibus, a alta tarifa das passagens em relação aos percursos pequenos e as péssimas condições dos veículos.
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